O “Bulk Zambeze”, um navio de 35 mil toneladas, foi o primeiro a carregar carvão no novo terminal privsório de carvão do porto da Beira, em Moçambique.
O navio carregou o carvão, proveniente das minas de Tete, e transportou-o para alto mar, onde procederá ao transbordo do minério para um outro navio do tipo panamax, de 60 mil toneladas, que fará a viagem até ao destino final.
O novo terminal provisório de carvão do porto da Beira está equipado com “tecnologia de ponta”, segundo o “Notícias” de Maputo e tem capacidade para processar seis milhões de toneladas/ano.
O investimento foi feito pela Cornelder de Moçambique, no decurso de um acordo estabelecido com a Vale de Moçambique para escoar o carvão extraído na província de Tete e encaminhado até ao porto da Beira pela linha de Sena.
Desde Agosto do ano passado, aquele porto moçambicano já processou 246 mil toneladas de carvão mineral para exportação. Nada que se compare com os volumes previstos para o futuro a médio e longo prazo.
Ao “Notícias”, o director de marketing e vendas da Cornelder Moçambique reconheceu que o porto da Beira não terá capacidade para escoar todo o carvão de Tete, e mais ainda o do vizinho Zimbabué. Nem mesmo a construção do futuro terminal de carvão, projectado para 20 milhões de toneladas/ano, e que deverá ser concessionado, resolverá o problema, acrescentou Félix Machado.