O reordenamento e a construção do novo molhe principal do porto das Lajes das Flores, nos Açores, permitirá triplicar a capacidade de acostagem.
O projecto detalhado do novo molhe principal do porto das Flores, o único porto daquela ilha, que ficou praticamente destruído na sequência da passagem do furacão Lorenzo, em Outubro de 2019, foi ontem apresentado pela secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas.
Segundo o Executivo açoriano, o projecto de reordenamento do porto e de construção do novo molhe, além de “praticamente triplicar a capacidade de acostagem”, garantirá ainda “novas e melhoradas condições de operacionalidade e um incremento substancial na capacidade de resposta de toda a infra-estrutura portuária”, sustentou Berta Cabrtal, citada em comunicado.
O novo molhe vai manter “uma extensão de 170 metros para acostagem, reforçada com uma proteção de 100 metros”.
A nova ponte-cais oferecerá “a possibilidade de acostagem de 140 metros em ambos os lados, representando um incremento de 280 metros face ao anterior porto”, segundo o executivo.
Anteriormente “só seria possível a operação de um navio no porto”, mas com as novas funcionalidades poderão operar “três navios em simultâneo”, o que, segundo o Governo, permitirá agilizar “operações de combustível, mercadorias e passageiros”.
Ainda de acordo com o Governo Regional, a execução da empreitada do molhe “está prevista para o início do próximo ano, mas a ponte-cais deverá estar operacional em Setembro de 2022”. Quanto à nova rampa ro-ro, a estimativa é que esteja disponível “em Janeiro de 2023”.
Tendo em conta “a necessidade de acertos ao projecto”, Berta Cabral reconheceu que “o custo final da obra será certamente superior ao inicialmente previsto”, mas que só deverá ser conhecido quando estiverem concluídos todos os ensaios necessários.