O porto de Lisboa recebeu ontem, em viagem inaugural, o Queen Anne, a quarta “rainha” da Cunard Line.
Construído nos estaleiros italianos da FIncantieri, acabado de lançar (no passado 24 de Abril), o Queen Anne zarpou de Southampton na passada sexta-feira e chegou ontem a Lisboa, depois de uma escala em A Corunha.
O Queen Anne é o quarto navio da frota actual da Cunard Line baptizado em honra das rainhas britânias (a rainha Ana governou entre 8 de Março de 1702 e 1 de Maio de 1714). E é o segundo maior dos quatro, com os seus 323 metros de comprimento, 113 000 toneladas e capacidade para cerca de 3 000 passageiros (e 1 225 tripulantes).
O primeiro novo navio da Cunard Line nos últimos dez anos, é também o primeiro a ser comandado por uma mulher, a Comandante Inger Thorhauge.
Como é tradição, à entrada em Lisboa o navio foi escoltado por rebocadores (da Portugs) e a Administração do Porto de Lisboa (APL) entregou à comandante uma placa evocativa da ocasião.
Citado em comunicado, Carlos Correia, presidente da APL, considerou “uma honra e um enorme prestígio que o Porto de Lisboa tenha sido escolhido, uma vez mais, como um dos destinos das viagens inaugurais dos navios da Cunard Line. Os navios da Cunard Line já atraíram muitos curiosos às margens do rio Tejo, quer pelas primeiras escalas, quer pelos seus eventos internacionais como foi o dia 6 de Maio de 2014, em que o Porto de Lisboa recebeu pela primeira vez em simultâneo as “3 rainhas” deste operador – Queen Mary 2, Queen Elizabeth 2 e Queen Victoria. Foi a quarta vez na história em que se juntaram os três navios “Queen”, sendo o Porto de Lisboa o terceiro onde esta efeméride aconteceu, para além de Southampton e de Nova Iorque. É, pois, com muito entusiasmo que recebemos a visita do Queen Anne.”
Com a indústria dos cruzeiros sob o fogo da contestação dos ambientalistas, o Queen Anne é apresentado como tendo instaladas “tecnologias inovadoras como o biodigestor LFC (abordagem proactiva à gestão de resíduos), [que] não só melhora a experiência a bordo, mas também garante a conformidade com os regulamentos do Departamento de Justiça (DOJ) e da MARPOL”.