O porto de Maputo, Moçambique, movimentou no ano passado 31,2 milhões de toneladas, a crescer mais de 16% para um máximo histórico.
Dos 31,2 milhões de toneladas movimentadas, cerca de 25 milhões corresponderam a minérios diversos, nomeadamente crómio, ferrocrómio, magnetite, carvão, minério de fosfato, vanádio, titânio, cobre, vermiculite, entre outros. “O manuseamento destas cargas reflecte a estratégia de diversificação em que o Porto de Maputo tem apostado nos últimos anos”, destacou Osório Lucas, director executivo da MPDC, a concessionária do porto moçambicano, citado em comunicado.
Do total das cargas movimentadas, 39% foram encaminhadas por ferrovia, representando um aumento de 8,4% face ao exercício anterior, também aqui para um valor recorde.
Embora haja um crescimento na movimentação ferroviária, a procura do porto tem crescido exponencialmente e por isso vamos continuar a trabalhar com os CFM para procurar um maior equilíbrio entre a carga ferroviária e rodoviária”, referiu o director executivo da gestora do porto de Maputo.
Note-se que parte significativa das cargas movimentadas no porto moçambicano têm origem / destino nos países vizinhos, com a África do Sul à cabeça.
Em consequência do aumento da actividade, o Porto de Maputo contribuiu com mais de 41 milhões de dólares (excluindo impostos e dividendos aos accionistas) para os cofres do Estado moçambicano, sublinhou a MPDC, “o que representa um crescimento de 29% face ao ano anterior” e “consolida o contributo económico do Porto para o desenvolvimento do país”.
A MPDC (Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo), participada pela Caminhos de Ferro de Moçambique e pela Portus Indico (constituída pela Grindrod, DP World e a Mozambique Gestores) detém a concessão do porto da capital moçambicana desde 2003 e válida até 2033, com opção para mais dez anos.