O porto de Roterdão, o maior da Europa, fechou o ano de 2023 com 438,8 milhões de toneladas movimentadas, menos 6%, ou menos 29 milhões de toneladas que em 2022, anunciou.
De acordo com a autoridade portuária de Roterdão, todos os grandes agregados de mercadorias tiveram em 2023 resultados piores que em 2022.
A carga contentorizada recuou 6,8%, para 130 milhões de toneladas, ou 7% para 13,447 milhões de TEU. Explicações: a redução da produção e do consumo a nível global e o fim das trocas comerciais com a Rússia.
Os granéis sólidos registaram a maior quebra, em termos homólogos: -11,8% para 70,6 milhões de toneladas. Aí pesou o declínio de 20,3% na movimentação de carvão (e de 49,4% nos outros granéis sólidos), que os aumentos de 31,3% nos agro-alimentares e de 9,9% no ferro e sucata não lograram compensar.
A movimentação de granéis líquidos recuou 3,4%, para 205,6 milhões de toneladas. Apenas a movimentação de LNG ( a de menor expressão em volume) cresceu em termos homólogos (3,7%).
Apesar do declínio nos volumes movimentados, o ano de 2023 do porto de Roterdão ficou marcado por vários compromissos no aumento da capacidade instalada e progressos nos projectos de descarbonização e digitalização da actividade.
No que toca aos resultados financeiros do exercício, a Autoridade Portuária de Roterdão anunciou receitas de 841,5 milhões de euros (+1,9%), um EBITDA de 548,6 milhões de euros (+0,9%) e um resultado líquido de 233,5 milhões de euros (-5,6%).
Os investimentos totalizaram 295,4 milhões de euros, 15% mais do que os 257 milhões aplicados em 2022.