Apesar das dragagens realizadas em Julho, o porto brasileiro de Santos, o maior da América Latina, continua a sofrer com o assoreamento e a obrigar os armadores a alijarem cargas.
Em Julho, os pilotos recusaram-se a manobrar navios com mais de 12,3 metros de calado. Em resposta, a Companhia das Docas do Estado de São Paulo (Codesp) promoveu trabalhos de dragagem de urgência, e com isso aumentou os fundos disponíveis para cerca de -13 metros.
Ainda assim, o porto paulista ficou longe dos -14,3 metros originais, e que têm sido reduzidos por via do assoreamento.
A situação é grave, porque afecta a atractividade do porto de Santos e prejudica as operações dos armadores que ali escalam. De acordo com fontes citadas pelo “FT”, por cada 20 centímetros de fundos a menos, os navios têm de transportar cerca de 160 contentores.
Os problemas de assoreamento não são um exclusivo do porto de Santos, no Brasil. Já este ano, os portos de Itajai e Navegantes sofreram graves perturbações operacionais devidas, precisamente, às limitações dos fundos.