Os portos nacionais cresceram 4,7% nos primeiros dez meses, puxados por Sines. A novidade é que Setúbal voltou a terreno positivo, em termos homólogos, de acordo com os dados divulgados pela AMT.
Até ao final de Setembro, os portos nacionais (do continente) movimentaram 69,2 milhões de toneladas, o que representou um ganho homólogo de 8,3%. Só em Setembro contaram-se 6,9 milhões, mais 4,7% do que há um ano.
O porto de Sines continua a ser o “seguro de vida” do sistema portuário nacional, com um ganho homólogo de 18,4%, ou 6,1 milhões de toneladas, para um total de 39,3 milhões de toneladas. A novidade no final de Setembro é que o porto de Setúbal se lhe juntou nos ganhos homólogos, com um crescimento de 1,1% (56 mil toneladas) e um total de 4,9 milhões de toneladas. A Figueira da Foz ganhou 24 mil toneladas (+1,5%) e somou 1,6 milhões de toneladas.
No outro prazo da balança continuam a pesar os demais portos. Leixões perdeu 567 mil toneladas (-5,1%) para 10,6 milhões de toneladas; Lisboa perdeu 214 mil (-2,5%) para 8,4 milhões, Aveiro perdeu 51 mil (-1,2%) para 4,2 milhões, Viana do Castelo 12 mil (-4,9%) para 238 mil.
Em Setembro, porém, os resultados foram diferentes. Se Sines ainda liderou com ganhos de 126 mil toneladas, Lisboa ficou perto com +116 mil toneladas, seguido de Setúbal (+89 mil) e Aveiro (+43 mil). Leixões perdeu 53 mil toneladas.
Em termos acumulados, passaram pelos portos nacionais, nos primeiros dez meses do ano, 33,7 milhões de toneladas de carga geral (+8,1%), dos quais 28,1 milhões de carga contentorizada (+11%), 4,4 milhões de carga fraccionada (-1,4%) e 1,2 milhões de carga ro-ro (-13,3%).
Os granéis sólidos atingiram 10,1 milhões de toneladas (-6,2%) e os granéis líquidos 25,4 milhões de toneladas (+15,6%).
Na habitual análise do binómio porto-tipologia de carga movimentada, a AMT destaca:
“O acréscimo de movimentação dos Produtos Petrolíferos (+3,8 milhões de toneladas; +58%), da Carga Contentorizada (+2,4 milhões de toneladas; +15,6%) e do Petróleo Bruto (+214 mil toneladas; +2,8%) no porto de Sines, bem como da Carga Contentorizada (+468 mil toneladas; +14,5%) em Lisboa; e
“As reduções dos Outros Granéis Sólidos (-426 mil toneladas; -31,6%) e dos Outros Granéis Líquidos (-236 mil toneladas; -46,4%) no porto de Lisboa, a par do Gás Liquefeito (-235 mil toneladas; -7,4%) em Sines e dos Outros Granéis Sólidos em Leixões (-209 mil toneladas; -22,1%)”.