A Câmara do Porto discute, segunda-feira, o Plano Municipal de Logística Urbana Sustentável, que visa a redução da poluição originada pelo tráfego de veículos associados ao sector da logística.
O Plano Municipal de Logística Urbana Sustentável (PLUS) do Porto engloba um conjunto de medidas e acções que visam, no horizonte temporal de três anos, assegurar a redução da poluição originada pelo tráfego de veículos associado à logística urbana e diminuir o nível de emissões de CO2 associado à logística urbana, através do aumento da eficiência das operações de cargas e descargas e demais actividades.
Por outro lado, refere a proposta, a que a “Lusa” teve acesso, este plano pretende ainda mitigar constrangimentos à mobilidade originados pelas operações e circulação de veículos de transporte de mercadorias e prestação de serviços, contribuindo ainda para o aumento da segurança rodoviária.
O plano será materializado através da concretização de 10 acções, organizadas por três categorias: Adaptação do ambiente construído, nomeadamente através da materialização de lugares/bolsas de cargas e descargas; Regulamentos e incentivos – criação de condições para a melhoria da eficácia da fiscalização; Gestão operacional, nomeadamente através da melhoria da interacção com os stakeholders e do apoio à instalação de equipamentos e infra-estruturas dedicadas à logística urbana e respectiva monitorização.
Na proposta, a maioria municipal refere que os Planos de Logística Urbana Sustentável (PLUS) apresentam-se como instrumentos de elevado valor acrescentado, perante um sector, o do transporte de mercadorias e logística, que “raramente está sujeito a regulação”.
De acordo com a autarquia, o sector dos transportes é responsável por cerca de 27% das emissões de gases de estufa, e a logística urbana por quase 25% das emissões de dióxido de carbono e por 30% a 50% das emissões dos óxidos de nitrogénio, em particular em meio urbano.