O sindicato dos estivadores (SEAL) anuncia para o próximo 10 de Julho uma greve de 24 horas, mas apenas às horas ímpares, nos portos nacionais, em protesto contra “as práticas anti-sindicais nos portos de Sines, Caniçal e Leixões”.
Esta será a “primeira acção concreta no terreno” de protesto contra as alegadas práticas denunciadas no Manifesto aprovado em assembleia geral do sindicato, no passado dia 19.
A greve, entre as 8 horas de dia 10 e as 8 horas de dia 11, abrangerá praticamente todos os portos nacionais. De fora, no Continente, ficarão apenas Viana do Castelo e Aveiro, onde o SEAL não tem representação.
Será esta, também, uma primeira tentativa de concretização da estratégia que esteve na base da criação do próprio SEAL, um sindicato nacional, qual seja a de generalizar ao país as “lutas” de cada porto.
No pré-aviso da greve, o sindicato denuncia “a crescente proliferação de práticas anti-sindicais nos portos portugueses”, referindo, nomeadamente, “comportamentos que configuram diferentes tipos de assédio moral, desde a perseguição à coacção, desde o suborno à discriminação, desde as ameaças de despedimento até à chantagem salarial…”.
O sindicato sustenta também que se verifica “uma maior precarização da mão-de-obra portuária” e um “brutal aumento dos níveis de sinistralidade”.
» Manifesto contra as práticas anti-sindicais nos portos de Sines, Caniçal e Leixões