O movimento de mercadorias nos portos do continente aumentou 6% e atingiu os 88 milhões de toneladas em 2024, anunciou o Governo.
Antecipando-se à AMT, tradicional fonte agregadora de informação estatística sobre a actividade marítimo-portuária, o Ministério das Infraestruturas e Habitação anunciou, em comunicado, os resultados provisórios do movimento de mercadorias nos portos do continente.
Face aos 82,8 milhões de toneladas registados em 2023, 2024 terá terminado com 88 milhões de toneladas processadas.
O ministério de Miguel Pinto Luz fala numa “inversão da tendência de declínio do movimento dos portos portugueses nos últimos anos, desde 2016/2017, altura em que se registaram movimentos de 94 e 96 milhões de toneladas, respectivamente, depois de forte crescimento desde 2012”.
Destacado é o contributo do porto de Sines, com um crescimento homólogo de 11%, para um total de 47,8 milhões de toneladas, ou 54% do total do continente.
Numa análise mais fina, é referido que “a carga geral fraccionada cresceu 3%, ultrapassando os 5,7 milhões de toneladas, com o contributo de Leixões, Aveiro, Figueira da Foz e Setúbal. A carga geral contentorizada teve um desempenho positivo, com um aumento de 11%, superando as 37 milhões de toneladas. O destaque vai para Sines, que movimentou
mais de 23 milhões de toneladas, representando 62% do total deste tipo de carga. Na carga roll-on roll-off (transporte de veículos) Setúbal registou um ligeiro crescimento (+2%)”.
Sobre os outros portos, o comunicado governamental refere que “os portos de Lisboa e Setúbal apresentaram crescimentos de 4%, com Lisboa a evidenciar forte aumento na carga fraccionada e contentorizada e Setúbal nos granéis. Já o porto de Leixões destaca-se na carga geral contentorizada, roll-on roll-off e fraccionada, enquanto os portos de Aveiro e da Figueira da Foz se destacam nos granéis sólidos e na carga geral fraccionada”.
O movimento de contentores nos portos do continente aumentou 11%, para 3,3 milhões de TEU, com Sines a concentrar 1,9 milhões.
“Estes dados reflectem o ritmo de investimento e crescimento que a economia e os portos registaram em 2024, com sequência em 2025”, resume o ministério, rematando que “a ambição nesta matéria consiste em colocar os portos como âncoras das infra-estruturas”.