Os portos moçambicanos movimentaram mais de 63 milhões de toneladas em 2023, num aumento homólogo de 12,3%. O porto de Maputo garantiu praticamente metade do total.
De acordo com um relatório do Ministério da Economia e FInanças de Moçambique, citado pela “Lusa”, o porto de Maputo movimentou 31,2 milhões de toneladas, tendo crescido 16,7% face a 2022.O porto de Nacala-Velha processou 13,8 milhões de toneladas (+20,3%), o da Beira 13,6 milhões de toneladas (-1,3%) e o de Nacala três milhões de toneladas (+14,9%).
O crescimento dos portos de Maputo, Nacala e Nacala-Velha “deve-se ao aumento do nível de manuseamento do combustível, trigo, fertilizantes e ao aumento da demanda e pelo desvio de carga nos outros portos”, explica-se no relatório.
Por outro lado, a “redução da produção de manuseio de combustível e magnetite” influenciou o movimento no porto de Beira.
Entre os portos secundários, o de Topuito movimentou em 2023 um milhão de toneladas (-3,9%), o de Pemba 269,5 mil toneladas (-18,6%) – devido à “redução de navios” naquela infra-estrutura portuária – e o de Quelimane 17,3 mil toneladas (+59,9%).
No final de Fevereiro, o governo de Moçambique assinou com a MPDC o prolongamento da concessão do porto de Maputo por 25 anos contados a partir do final do prazo inicialmente contratado, na prática estendo-a até Abril de 2058.
No âmbito da prorrogação da concessão, a MPDC comprometeu-se a investir 600 milhões de dólares nos próximos três anos no aumento da capacidade dos vários terminais.
À “Lusa”, o director executivo da MPDC adiantou então que a capacidade do terminal de contentores passará de 170 mil para 530 mil TEU. “E vai aumentar também a capacidade do Terminal de Carvão da Matola, de sete milhões para 12 milhões [de toneladas/ano]. E a nossa capacidade na carga geral vai subir de 10 milhões para 13 milhões, na fase 1, que estará concluída nos próximos três anos”, detalhou Osório Lucas