A autoridade portuária de Sevilha admite processar a congénere de Huelva. O porto sevilhano acusa o concorrente de subsidiar o transporte de mercadorias de e para o terminal ferroviário de Majarabique, em Sevilha, assim desviando mercadorias.
O conflito surgiu após a publicação pela autoridade portuário de Huelva, no Boletín Oficial del Estado (equivalente ao Diário da República português), dos pormenores do contrato de exploração do terminal ferroviário sevilhano. Huelva foi a única entidade a concurso.
O porto de Sevilha não foi a concurso por querer concentrar toda a carga contentorizada no terminal de contentores da Dársena del Batán. A questão é que agora acusa Huelva de subsidiar os transportes de e para Majarabique com as “elevadas receitas que recebe” com os tráfegos cativos de petróleo e de outras actividades do Pólo Químico.
Além das medidas legais, a autoridade portuária de Sevilha vai comunicar a situação o presidente da Puertos del Estado, José Llorca.
A autoridade portuária de Huelva garante, por seu turno, cumprir a legislação. Desde o porto, salientam que a exploração do terminal ferroviário de Majarabique é uma operação de carácter patrimonial e que não há cobrança de taxas portuárias, mas sim de arrendamentos, dado que o terreno não é domínio portuário.
Huelva justifica ter concorrido ao terminal de Majarabique com o seu plano estratégico 2012-2017, que tem em destaque “o desenvolvimento de infra-estruturas e intermodalidade”.