A produtividade dos terminais de contentores dos principais portos do Norte da Europa degradou-se nos últimos três anos, sustenta a Drewry.
A principal razão para a quebra de produtividade terá a ver com as dificuldades dos portos do Norte da Europa em lidar com o aumento do número de contentores baldeados, à medida que as companhias de shipping consolidaram as escalas em função da maior volatilidade da procura.
De acordo com o mais recente Ports & Terminals Insight da Drewry, a duração média das escalas nos principais portos do Norte do Velho Continente aumentou 50% no primeiro trimestre de 2022 face ao período pré-pandemia.
O pico dos atrasos terá acontecido em Fevereiro, quando se registou um tempo médio por escala de 2,3 dias, 58% acima da média de antes da pandemia. Já em Maio, a situação melhorou, em termos relativos, para 37% acima da pré-pandemia.
Ainda de acordo com a Drewry, a maior parte do tempo de escala – cerca de 60% – foi gasto nas operações de carga e descarga, ao passo que a espera para acostar consumiu apenas cerca de 20% do tempo de escala, em média. Uma situação bem diversa daquela que se viveu nos portos da costa oeste da América do Norte, sublinha a consultora.
Curiosamente, o agravamento do tempo de duração das escalas aconteceu num contexto de menos volumes movimentados e menos escalas também. Considerando os portos de Roterdão, Antuérpia, Bremerhaven e Hamburgo, a Drewry estima uma quebra de 3,5% nos volumes e de 15,1% nas escalas no primeiro trimestre de 2022 face ao período homólogo de 2019.
Ao invés, o número de contentores baldeados terá aumentado 14% em média: 20% em Antuérpia, 12% em Bremerhaven. Contas feitas, ambos os portos viram a sua produtividade degradar-se mais de 30%, considerando o número de dias por mil TEU movimentados.