Os portos nacionais arriscam mais seis dias de greve, a partir do próximo dia 17, fruto das acções de protesto conjugadas dos trabalhadores portuários, das administrações portuárias e dos pilotos.
A exemplo do verificado no dia 14 do mês passado, a Frente Comum Sindical Marítimo-Portuária aposta em concertar as acções de protesto dos sindicatos que a integram, fazendo sucedê-las no tempo, com o objectivo de maximizar os efeitos das paralisações e de reduzir os impactes de eventuais não-adesões.
Os pilotos das barras e dos portos serão os primeiros a paralisar, entre as zero horas de dia 17 e as 24 horas do dia 18. Seguir-se-ão os trabalhadores portuários, que pararão entre as zero horas de dia 19 e as 8 horas do dia 21. No mesmo dia 21, entre as zero e as 24 horas, pararão os trabalhadores das administrações portuárias. Que voltarão a paralisar durante todo o dia 24. Pelo meio cumpre-se o fim de semana.
O pré-aviso de greve dos trabalhadores portuários deixa de fora o porto de Leixões, mas tal não se verifica já nos casos das paralisações dos pilotos e dos trabalhadores das administrações portuárias.
Em comunicado emitido a propósito, a Frente Comum Sindical Marítimo-Portuária critica a falta de diálogo do Governo com os sindicatos, que contrasta com a abertura a “outros players, tais como as Comunidades Portuárias ou o Conselho Português de Carregadores”.
Como pano de fundo a esta nova vaga de paralisações está a intenção do Executivo de rever a legislação portuária.