A braços com dívidas de três mil milhões de euros, os portos espanhóis deverão canalizar este ano metade das receitas para reduzir ao passivo.
No espaço de poucos anos, entre 2004 e 2011, o passivo do sistema portuário espanhol multiplicou-se por cinco, tendo passado de 600 milhões de euros para cerca dos três mil milhões, sublinha o novo presidente da Puertos del Estado, citado nos media do país vizinho.
No mesmo período, o movimento de mercadorias no conjunto dos portos passou de 410,5 milhões para 457 milhões de toneladas. Um aumento de 11,4%.
Para este ano, acrescentou José Llorca, a anterior gestão da holding previa investimentos globais no montante de 700 milhões de euros.
Agora é tempo de “arrumar a casa”. E para isso, metade das receitas das administrações portuárias espanholas será directamente canalizada para sanear a dívida, disse.
Em consequência, os planos de investimento dos portos serão revistos em baixa, avançando apenas aquelas que sejam justificados pela procura real, e conquanto sejam financiáveis com os recursos próprios disponíveis. Fora de causa parece estar, por isso, a contratação de mais crédito.