Os portos espanhóis movimentaram no ano passado menos 4,5% de mercadorias que em 2019, ficando-se pelos 505,7 milhões de toneladas, revelam os números da Puertos del Estado.
A maior quebra de volumes verificou-se na movimentação dos granéis líquidos, em que os portos espanhóis acumularam 167,1 milhões de toneladas, menos 20 milhões, ou 10,7% que o que conseguiram no ano anterior.
Significativas foram também as perdas registadas nos granéis sólidos e na carga geral fraccionada, em ambos os casos na ordem dos dígitos. Os granéis sólidos recuaram 13,8 milhões de toneladas, ou 15,2%, para 77 milhões de toneladas, e a carga geral convencional baixou 11 milhões de toneladas, ou 14%, até aos 67,7 milhões.
A carga contentorizada evitou males maiores, ao ceder apenas 0,7% e fixando-se nos 193,9 milhões de toneladas (menos 1,4 milhões em termos absolutos).
Entre os principais portos, avultam as perdas de Barcelona, de 11,4%, para 58,5 milhões de toneladas. Algeciras manteve a liderança destacada do ranking, com 103,6 milhões de toneladas, a ceder 1,2%, e Valência o segundo lugar, com 80,3 milhões, a deslizar 0,5%.
Entre os muito poucos portos que conseguiram crescer em 2020, merece destaque, com um avanço de 4,1% até aos 4,3 milhões de toneladas.
Valência perde liderança no Mediterrâneo
Os portos espanhóis movimentaram, em 2020, 16,75 milhões de TEU, menos 4,3% que no exercício anterior.
Também aqui, Barcelona destacou-se pela negativa. com um recuo homólogo de 11% e um acumulado de 2,96 milhões de TEU.
Valência registou 5,4 milhões de TEU movimentados, menos 0,5% do que em 2019. O suficiente para manter o primeiro lugar no ranking espanhol, mas não para continuar primeiro no Mediterrâneo, ultrapassado que foi por Tanger Med, com 5,7 milhões de TEU (a crescer 18%).
Algeciras contou 5,1 milhões de TEU, com um recuo de 0,4% face a 2019.