Os portos espanhóis voltaram a perder cargas em Julho e já acumulam um saldo negativo de 12,9 milhões de toneladas (-4%) em 2023 face ao ano passado, de acordo com a Puertos del Estado.
Em Julho, passaram pelos portos espanhóis 44,8 milhões de toneladas, abaixo dos 47 milhões de há um ano. Os granéis líquidos e a carga contentorizada garantiram as perdas, que os granéis sólidos e a carga geral fraccionada não lograram compensar.
No acumulado dos primeiros sete meses do ano, os portos do país vizinho processaram 311,6 milhões de toneladas, quando há um ano foram 324,6 milhões.
Só a carga contentorizada perdeu 9,3 milhões de toneladas, com um total de 154,5 milhões. Os granéis líquidos perderam praticamente cinco milhões de toneladas para 102,6 milhões. Na inversa, os granéis sólidos ganharam 1,1 milhões de toneladas (par um total de 54,5 milhões) e a carga geral fraccionada avançou 328,8 mil toneladas (para 50,5 milhões).
Entre os principais portos, Barcelona é o que mais cargas perde: 11% para 37 milhões de toneladas, Algeciras movimentou praticamente 57 milhões de toneladas, numa quebra homóloga de 3,4%. E Valência recuou 8% para 44,6 milhões de toneladas.
O tráfego de contentores, medido em TEU, ficou-se pelos 9,5 milhões, 7,7% abaixo dos 10,3 milhões contados nos primeiros sete meses de 2022. A quebra deveu-se essencialmente ao tráfego de transhipment que recuou 9,9% para 4,8 milhões de TEU.
Também aqui Barcelona foi o porto mais castigado entre os principais, com um recuo global de 10,6% (-22,9% no transhipment), seguido de muito perto por Valência (-10,2% e -8,4%, respectivamente) e de Algeciras (-0,7%, -07%).