
Outubro foi o pior dos últimos 12 meses para os portos nacionais no que ao movimento de mercadorias diz respeito, de acordo com os dados da AMT. As perdas acumuladas agravaram-se para 2,6% em termos homólogos.
Em Outubro, os portos nacionais (entenda-se, os portos do continente) movimentaram 6,3 milhões de toneladas, menos 5,6% que no mesmo mês de 2022. Com isso, o total acumulado atingiu os 70,4 milhões de toneladas, numa quebra homóloga de 2,6% (era de -2,3% no final de Setembro), divulgou hoje a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).
No balanço dos primeiros dez meses do ano, os portos de Lisboa e de Setúbal tiveram o melhor comportamento, com crescimentos de 7% e 4,2%, respetivamente, para 9,6 e 5,3 milhões de toneladas. Juntos movimentaram mais 837 mil toneladas, o que não bastou para compensar as perdas dos demais.
Entre os principais, Sines continua a ser o mais castigado, com perdas acumuladas de 5,5% que representam no seu caso (também porque se está a falar num porto que sozinho vale mais do que todos outros juntos) 2,1 milhões de toneladas.-
Leixões perdeu 2,5% para 12,4 milhões de toneladas e Aveiro ficou praticamente sobre a linha de águas (-0,4%), com 4,9 milhões de toneladas.
Entre os portos mais pequenos, a Figueira da Foz caiu 10,9% para 1,7 milhões de toneladas e Viana do Castelo afundou 26,7% para 256 mil toneladas. n
Por tipologias de cargas, os granéis líquidos tiveram o melhor resultado percentual até Outubro, a subirem 7,1% até aos 23,98 milhões de toneladas. A carga geral fraccionada também subiu, mas apenas 3,3% para 5,1 milhões de toneladas. Os granéis sólidos cederam 1% para 11,9 milhões de toneladas e a carga ro-ro recuou 6% opara 1,5 milhões de toneladas.
A carga contentorizada manteve-se praticamente inalterada em volume, com 27,3 milhões de toneladas. Mas o movimento de contentores baixou 1,7% paa 2,5 milhões de TEU.
Também aqui se destacou o porto de Lisboa, com um ganho homólogo de 3,6% para 343,3 mil TEU. Na Figueira da Foz contaram-se 16,2 mil TEU (-10,7%), em Setúbal 129,3 mil (-9%), em Leixões 590 mil (-3%) e em Sines 1,4 milhões (-2,2%). Em Aveiro foram 9,6 mil, mas ali ainda não há histórico que permita comparações.