O movimento de mercadorias nos principais portos nacionais aumentou 8,7 milhões de toneladas, ou 15,5%, entre 2000 e 2010. Uma performance pobre, que só em parte é explicada pela crise que afectou o sector nos últimos anos.
No ano passado, de acordo com os dados agora divulgados pelo IPTM, os sete principais portos comerciais do Continente movimentaram 64,97 milhões de toneladas, 7% mais do que em 2009. Porém, comparando com 2007, o melhor ano do sector, o registo de 2010 representa ainda uma quebra de 2,2%.
Entre os três maiores portos nacionais Sines é, de longe, o porto que mais cresce desde o início do século, tendo aumentado o movimento de cargas em 27,9%. Leixões fica-se pelos 7,1% e Lisboa não atinge sequer os 3,5%.
Sines é também o porto, entre os três maiores, que ficou em 2010 mais perto do seu melhor registo histórico: os 25,1 milhões de toneladas movimentadas representam uma quebra de 6,2% relativamente ao resultado de 2006. No caso de Leixões, os 15,6 milhões de toneladas de 2010 ficam 6,8% abaixo do resultado de 2008. Em Lisboa, a comparação deve ser feita com 2007 e a quebra ascende aos 8,9%, com 12,98 milhões de toneladas no ano findo.
Entre os portos mais pequenos, logo, com menos peso no total nacional, os resultados são diferentes para melhor. Desde logo, porque Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz registaram em 2010 recordes de movimentação de mercadorias.
Comparando com os números de 2000, destacam-se Aveiro e a Figueira da Foz, com crescimentos de 51,9% e de 78,99%, respectivamente. Setúbal avançou no mesmo período 8,43%.
Em Viana do Castelo, o forte crescimento experimentado em 2010, relativamente a 2009, deixou o resultado ainda a cerca de metade do caminho do milhão de toneladas movimentado em 2000.