No primeiro trimestre do ano corrente, os portos do continente movimentaram 658 mil TEU, divulgou hoje a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).
O resultado representa uma quebra homóloga de 9,6% (menos 70 mil TEU) e é o pior score dos últimos cinco anos, ficando quase 100 mil TEU abaixo do realizado no primeiro trimestre de 2019.
Nos últimos cinco anos, a taxa de variação média anual dos portos do continente no relativo à movimentação de contentores é negativa em 3,4%, conclui a AMT.
O porto de Sines, que vale mais de metade do mercado nacional, é, também por isso, o principal responsável pelos resultados negativos. No primeiro trimestre do ano corrente movimentou 350,6 mil TEU, menos 15,2%, ou menos 63 mil TEU. A cinco anos, apresenta uma taxa média crescimento de -5,3%.
Curiosamente, neste primeiro trimestre, foi o tráfego do hinterland que mais caiu em Sines (-32,7%, para 89 ml TEU), muito menos que o transhipment (-7%, para 262 mil).
Leixões também fechou o primeiro trimestre no vermelho, a perder 4,7% (dez mil TEU) em teros homólogos, para um total de 166,4 mil TEU. No caso do porto nortenho, os últimos cinco anos – a avaliar pelos resultados dos primeiros trimestres – foram de estagnação, com um recuo médio de 0,6%.
Lisboa perdeu mil TEU no primeiro trimestre (menos 1,4%), com um acumulado de 91,7 mil TEU, longe dos 106,9 mil de antes da pandemia. Em termos médios, nos últimos cinco anos o porto da capital perdeu 3,8%.
Na inversa, o porto de Setúbal ganhou mil TEU até ao final de Março, com um total de 42,8 mil, 1,8% acima do realizado há um ano. Em termos médios, o porto sadino cresceu 3,1% ao ano nos últimos cinco.
Pela Figueira da Foz passaram 5,1 mil TEU, num crescimento homólogo de 52,2% que, todavia, não impede a estagnação nos últimos cinco anos (-0,9% de crescimento médio).
Com o arranque do primeiro serviço regular de contentores, Aveiro surge pela primeira vez num balanço trimestral da AMT, com cerca de 1 500 TEU movimentados.