No ano passado, os portos nacionais registaram menos 1 023 escalas de navios que em 2019. Só Lisboa perdeu 801!
De acordo com os dados coligidos pela AGEPOR, a que o TRANSPORTES & NEGÓCIOS teve acesso, em 2020 contaram-se 7 994 escalas, de todos os tipos de navios, nos portos do continente, longe das 9 017 registadas no ano anterior e ainda abaixo das 8 829 verificadas em 2018.
Entre as quebras generalizadas (só Setúbal, Viana e Figueira contaram um aumento de movimentos), avulta o caso de Lisboa. O porto da capital recebeu 1 422 navios, menos 801 que em 2019, o que representa uma quebra homóloga de 36%. O resultado negativo é, claro, empolado pelo peso que o sector dos cruzeiros tem em Lisboa (e os cruzeiros pararam logo em Março), mas descontando as 332 escalas de navios de passageiros verificadas em 2019, ainda se verificaria uma quebra de cerca de 370..
Em termos gerais, a pandemia é, desde logo, uma explicação para a quebra de actividade. Ao que se pode somar alguma redução do número de viagens pela utilização de navios maiores. Mas, particularmente no caso de Lisboa a principal causa da quebra de movimentos é a persistente instabilidade laboral, que tem afugentado os operadores e desviado as cargas para outras paragens.
Em 2020, Leixões manteve a condição de porto mais movimentado, com um total de 2 385 escalas, menos 73, ou -3% que em 2019. No porto nortenho, os cruzeiros representaram, em 2019, 101 escalas.
Em Sines estiveram no ano passado 1 787 navios (ultrapassou Lisboa), com um recuo homólogo de 6%, ou 115 navios.
Em baixa esteve também Aveiro, com uma quebra de 12,4% escalas, para um total de 712.
Como se disse, Setúbal, Viana e Figueira da Foz conseguiram fechar o ano transacto com um crscimento de escalas. Destacou-se o porto da foz do Sado, com mais 92 escalas (+9,9%), que o levaram a ultrapassar a fasquia dos mil movimentos.
Por Viana do Castelo passaram 201 navios (+3,6%) e pela Figueira da Foz 461 (0,9%). Portimão ficou a zeros.
A pandemia não é a única razão para os portos nacionais perderem1000 linhas de navegação mas SIM a falta competitividade dos portos nas obras de Dragagem e expansão dos equipamentos mais modernos. A AR tb é principal obstáculo, acaba de interromper o investimentos do porto de Leixões na sua expansão, uma Vergonha !