Os portos portugueses fizeram melhor que os congéneres espanhóis no primeiro semestre de 2023, sustenta a AMT.
Com base nos dados divulgados pela Puertos del Estado para os portos do país vizinho, a AMT diz que os portos nacionais ganham em quase toda a linha, crescendo mais ou perdendo menos que a concorrência.
Olhando para o primeiro semestre de 2023, os portos portugueses cederam 0,9% nas cargas movimentadas, enquanto os espanhóis recuaram 3.8%.
Detalhando, Portugal foi melhor que Espanha na movimentação de carga geral (+0,9% do lado de cá da fronteira, contra -5,8% do lado lá) e nos granéis sólidos (+7,2%; +2,1%), só perdendo nos granéis líquidos (-6,7%; -3,9%).
No caso do tráfego de contentores, de novo Portugal, com uma quebra homóloga de 3,5%, superou a performance de Espanha (-7,9%), mas é curioso verificar que os portos lusos perderam mais cargas de hinterland (-12,2%, contra -5,1% dos espanhóis), ao passo que no transhipment cresceram 8,6%, enquanto os espanhóis perderem 10,4%.
Analisando o comportamento dos portos ibéricos nos primeiros semestres dos últimos cinco anos (desde 2019, o último ano antes da pandemia), a AMT conclui que ambos os sistemas portuários perderam cerca de 4% de cargas em termos gerais. Mas nos contentores, os portos portugueses levaram claramente a melhor, com um crescimento de 2,3% contra uma perda de 8,1% de nuestros hermanos.
No seu exercício de benchmarking, a AMT sublinha também que os portos espanhóis movimentam 6,2 vezes mais cargas que os portugueses (266,9 milhões contra 42,9 milhões de toneladas, no primeiro semestre), numa proporção que vai além da diferença da população e mesmo do PIB.