Os portos do Continente cresceram 5,6% em Abril, e com isso praticamente eliminaram as perdas acumuladas este ano face a 2020. Sines e Leixões destacam-se, nos antípodas.
Em Abril, os portos do Continente movimentaram 7,2 milhões de toneladas. E com isso elevaram o total dos primeiros quatro meses para 28,6 milhões de toneladas, menos 0,2% do que no período homólogo de 2020, segundo a AMT.
Lisboa foi o porto que mais cresceu em Abril: 30,6%, para 819 mil toneladas, e é também o que mais avança em 2021: 11,8%, para 3,1 milhões de toneladas.
Contudo, pela sua dimensão, Sines continua a alavancar os números do sistema portuário nacional. Em Abril avançou 2,9% para 3,8 milhões de toneladas, e com isso passou a somar 15,7 milhões de toneladas no year-to-date, a crescer 8,1% e com uma quota de mercado de 55%.
Na inversa, Leixões é o que mais perde no acumulado dos primeiros quatro meses (descartado o caso de Faro): -23,7% para cinco milhões de toneladas, tendo cedido mais 4,7% em Abril (com um registo de 1,2 milhões de toneladas).
Contas feitas, entre Janeiro e Abril, Sines ganhou 1,2 milhões de toneladas, enquanto Leixões perdeu 1,6 milhões de toneladas. E Lisboa ganhou 324 mil toneladas.
Em Sines como em Lisboa, a carga contentorizada é o principal impulsionador do crescimento, enquanto em Leixões a quebra do petróleo e derivados (por força do encerramento da petrolífera de Matosinhos) é a principal explicação para a quebra.
Em Abril, Setúbal avançou 25,9% em termos homólogo (para 655,4 mil toneladas) e passou a acumular 2,2 milhões de toneladas (+3,6%), e Aveiro avançou 5,7%, para 438,5 mil toneladas, melhorando o recorde dos primeiros quatro meses para 1,9 milhões de toneladas (+4,4% em termos homólogos).
Entre os portos mais pequenos, a Figueira da Foz contou praticamente 149 mil toneladas em Abril (+1,2%), mas ainda perde 18,1% no quadrimestre (532,5 mil toneladas) e Viana do Castelo ficou-se pele as 32,4 mil toneladas no mês (-36,3%) e nas 121,7 mil toneladas (-17,6%) no quadrimestre.
No balanço dos primeiros quatro meses do ano, a carga contentorizada cresceu 1,1 milhões de toneladas (+10,5%) e o petróleo bruto baixou 1,3 milhões de toneladas (-27,8%).
Entre os principais agregados de mercadorias, a carga fraccionada avançou 7,6% para 1,9 milhões de toneladas, os produtos petrolíferos subiram 3,2% para 5,9 milhões de toneladas, os outros granéis sólidos cederam 0,7 para 2,3 milhões de toneladas e os produtos agrícolas mantiveram praticamente os volumes (1,5 milhões de toneladas, +0,1%).
A carga ro-ro regista o mehor desempenho em termos acumulados, com uma subida de 14,7% e 639,5 mil toneladas.