O movimento de contentores nos portos do continentes subiu em Julho, e Lisboa até já cresce no acumulado de 2023.
Em Julho, os portos do continente movimentaram 277,5 mil TEU, 0,5% que no mesmo mês do ano passado, com Sines a garantir por 151,7 mil TEU (Leixões, 69,9 mil e Lisboa 40,1 mil), divulgou a AMT.
Com isso, o acumulado dos primeiros sete meses do ano passou a ser de 1,7 milhões de TEU, ainda 2,9% abaixo do realizado no período homólogo anterior.
Na sua análise, a AMT destaca a recuperação paulatina da actividade, comparando com as perdas acumuladas no primeiro trimestre. Mas é difícil que os números nacionais sejam positivos quando Sines e Leixões, os principais players do sector, continuam no vermelho.
No final de Julho, o porto alentejano acumulava 961,4 mil TEU, numa quebra homóloga de 4%, e o nortenho ficava-se nos 417,8 mil (menos 3,2%).
E contra isso (e a perda de 5% de Setúbal, com 93,7 mil TEU acumulados) de pouco valem o crescimento de 1% em Lisboa (236,1 mil TEU) e de 1,4% na Figueira da Foz (12,5 mil TEU) e os 4,6 mil TEU movimentados em Aveiro.
De acordo com os números disponibilizados pela AMT, a recuperação do tráfego de contentores está a ser feita sobretudo à custa dos movimentos de transhipment, que acumulam um ganho de 8,2% e totalizam 809 mil TEU (dos quais 91,3% em Sines).
Isto porque o tráfego do hinterland recua 11%, para 917 mil TEU acumulados, penalizado sobretudo pela queda de 31,7% registada em Sines (sem esquecer os -3,1% de Leixões e os -7,7% de Setúbal).