Os portos nacionais movimentaram em Janeiro apenas 5,7 milhões de toneladas, numa quebra homóloga de 22,2%. Foi o valor “mais baixo dos últimos doze meses, bem como dos meses homólogos dos últimos 10 anos”.
À excepção de Viana do Castelo (cresceu 38%, tendo movimentado mais 12 mil toneladas), todos os portos registaram em Janeiro resultados homólogos negativos. Mas de novo (agora para o “mal”) foi determinante o resultado do porto de Sines, que arrancou o ano a perder 25,8% das cargas de há um ano, ou 1,1 milhões de toneladas.
Atrás de Sines, Setúbal perdeu 195 mil toneladas (-34,6%), Leixões 173 mil (-15,7%), Lisboa 152 mil (-17,2%), Aveiro 38 mil (-8,8%), Figueira da Foz sete mil (-4%).
Assim, Sines movimentou 3 milhões de toneladas, Leixões 929 mil, Lisboa 730 mil, Aveiro 392 mil, Setúbal 368 mil, Figueira da Foz 174 mil e Viana do Castelo 44 mil.
Na movimentação de contentores, a maré negra repetiu-se, com uma quebra homóloga de 20,4% para 208,6 mil TEU.
Também aí Sines foi determinante, com uma quebra de 25,3% (para 119,7 mil TEU), seguido de Lisboa (-13,8%, 29,3 mil TEU) e de Leixões (-10,1%, 46,7 mil TEU). Setúbal cedeu 6,1% para 11,3 mil TEI e a Figueira da Foz caiu 25,5% para 1,6 mil TEU.
Resumindo as “evoluções mais relevantes nos mercados portuários, considerados pelo binómio porto-tipologia de carga movimentada”, a AMT destaca:
• O acréscimo de movimentação de Produtos Agrícolas no porto de Aveiro (+72 mil toneladas; +344,3%); e
• A redução nas seguintes infraestruturas portuárias e tipos de carga:
– No porto de Sines, da Carga Contentorizada (-609 mil toneladas; -29,8%), dos Produtos Petrolíferos (-244 mil toneladas; -30,5%) e do Petróleo Bruto (-199 mil
toneladas; -21,9%);
– No porto de Lisboa, dos Produtos Agrícolas (-99 mil toneladas; -33,5%) e da Carga Contentorizada (-51 mil toneladas; -13,9%);
– No porto de Leixões, dos Outros Granéis Sólidos (-81 mil toneladas; -52,5%) e da Carga Contentorizada (-56 mil toneladas; -10,3%);
– No porto de Setúbal, dos Outros Granéis Sólidos (-71 mil toneladas; -38,7%);
– No porto de Aveiro, da Carga Fracionada (-57,2 mil toneladas; -33,2%)”.
A AMT diz que Janeiro foi o pior dos últimos dez anos, mas atalha lembrando “o significado bastante limitado do nível de movimentação de apenas um mês no início do ano, face à significativa volatilidade dos mercados portuários, sendo necessário um período temporal alargado para se poder avaliar uma eventual continuidade ou alteração da tendência regressiva observada”.
Crescimento de 9% em 2024
No ano passado, os portos nacionais movimentaram 90,8 milhões de toneladas, que representaram um ganho homólogo de 9%, divulgou, também hoje, a AMT.
Sines impôs a tendência, com um ganho de 17,6%, para 50,5 milhões de toneladas. Leixões recuou 1,9% para 14,4 milhões de toneladas e Lisboa cedeu 0,9% para 11,3 milhões de toneladas. Setúbal contou 6,6 milhões de toneladas (+3,7%), Aveiro 5,6 milhões (+0,6%), Figueira da Foz 2,1 milhões (+2,4%) e Viana d Castelo 322 mil (+5%).
A movimentação de contentores subiu 9,8% até perto dos 3,3 milhões de TEU. Sines contribuiu com 1,1 milhões (+14,7%), Leixões com 715,1 mil (+1,9%), Lisboa com 460,8 mil (+9,9%) e Setúbal com 155,8 mil (-1%). A Figueira da Foz contou 18,5 mil (+1,6%) e Aveiro 12,1 mil (-35,1%).