Os trabalhadores portuários voltam a paralisar a partir das zero horas de amanhã, terça-feira, no Continente e na Madeira. Só Leixões continua de fora.
Continua o “braço de ferro” entre o Governo e os trabalhadores portuários por causa das alterações ao regime jurídico do trabalho portuário. Para esta semana anunciam-se mais quatro dias de greves.
Os mais penalizados serão os portos de Lisboa, Setúbal, Aveiro, Figueira da Foz e Viana do Castelo. Aí, a paralisação iniciar-se-á às zero horas de amanhã, terça-feira, e só terminará às 8 horas de dia 29, sábado.
Para Sines, o Sindicato XXI convocou uma paralisa total para entre as zero horas de dia 27 e as 24 horas de dia 28. Na Madeira, o porto do Caniçal deverá parar entre as zero e as 24 horas de dia 27.
Uma vez mais Leixões fica de fora dos protestos.
Os sindicatos continuam a contestar a intenção do Governo de mexer na legislação laboral do sector. Uma determinação reforçada, nas palavras do dirigente Vítor Dias, depois do acordo assinado pelo Governo com os sindicatos da UGT e com os operadores portuários de Leixões e Lisboa, e depois da aprovação em Conselho de Ministros do novo regime jurídico do trabalho portuário.
O porto de Lisboa tem sido dos mais castigados pelas paralisações, o que já motivou, inclusive, posições públicas da Antram e da Apat, reclamando contra os prejuízos em que incorrem as empresas transportadoras rodoviárias e transitárias.
Entretanto, sucedem-se também as manifestações de solidariedade de sindicatos europeus para os trabalhadores portuários portugueses. Na Dinamarca, por exemplo, o “caso” português será discutido nos vários portos, amanhã, em plenários de trabalhadores. Na Bélgica, também amanhã, serão distribuídos panfletos pelos trabalhadores alusivos à situação nos portos nacionais.