Os trabalhadores portuários das ilhas do Faial, Pico, S. Jorge, Flores e Corvo, nos Açores, vão cumprir cinco dias de greve, em protesto contra a “discriminação” laboral de que afirmam ser vítimas, anunciou fonte sindical.
A paralisação, que decorrerá entre 23 e 27 do corrente, foi anunciada por João Decq Mota, do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores, numa conferência de imprensa realizada no Porto da Horta, no Faial.
Em causa, segundo o dirigente sindical, estão as diferenças que existem entre os trabalhadores portuários daquelas cinco ilhas e os das restantes dos Açores, em matéria de horas extraordinárias, classificação profissional e de regime de isenção de horário.
“Esta luta tem como objectivo contribuir para que seja aberto, com a maior urgência, um processo de revisão das condições de prestação de trabalho destes operários”, frisou João Decq Mota, citado pela “Lusa”, acrescentando que o objectivo final é a “uniformização” das condições de trabalho em toda a empresa Portos dos Açores, que gere as infra-estruturas portuárias do arquipélago.
Caso a administração da Portos dos Açores não mostre disponibilidade para negociar, João Decq Mota adiantou que os trabalhadores portuários das cinco ilhas estarão dispostos a paralisar de novo, entre 1 e 3 de Maio.
A greve anunciada poderá inviabilizar a carga e descarga de mercadorias nos portos comerciais das cinco ilhas, o desembarque de passageiros de dois cruzeiros que são esperados no porto da Horta e a entrada e saída de iates nos vários portos de recreio náutico.