É o pior resultado dos últimos cinco anos. Portugal caiu para a 42.ª posição, entre 60 países, no ranking da competitividade mundial elaborado pelo IMD World Competitiveness Center.
Em 2021, Portugal recuou seis lugares no ranking da competitividade, da 36.ª posição que ocupou em 2020, ficando cada vez mais longe do 33.º posto de 2018 e piorando em todos os indicadores-chave considerados.
Uma vez mais, é no domínio das infra-estruturas que o País consegue o melhor resultado, cotando-se como o 30.º melhor, mas ainda aí pior do que o 27.º lugar do ano passado. Em termos de desempenho económico, a economia nacional desce da 43.ª para a 46.ª posição, com uma queda que se repete na eficiência governativa (38.ª para 43.ª posição) e na eficiência empresarial (38.ª para 42.ª).
Numa análise mais detalhada, Portugal obteve as piores pontuações em matérias de política fiscal (56.ª posição), práticas de gestão empresarial (56.ª), economia doméstica (52.ª) e finanças públicas (50.ª). Já os melhores resultados foram registados a nível do quadro social (20.º), da saúde e do ambiente (23.º), da educação (26.º) e das infraestruturas científicas (28.º).
“O declínio global de Portugal no ranking deriva de tendências negativas nas medidas relacionadas com a economia nacional e o investimento internacional. Na eficiência do governo e das empresas, o país experimenta um declínio em algumas das medidas relevantes, tais como a sua classificação de crédito, a eficácia da sua burocracia e os indicadores de atracção e retenção de talentos, onde apresenta declínios relativamente acentuados”, diz José Caballero, economista sénior do WCC, citado em comunicado.
Em 2021, o ranking mundial de competitividade é liderado pela Dinamarca, terceira na edição anterior. A Suíça cai para o segundo lugar e Singapura fecha o pódio, avançando também duas posições. O top 5 completa-se com a Suécia (era segunda) e Hong Kong (era sétima).
Países Baixos (4.º em 2020), Taiwan (8.º), Finlândia (11.º), Noruega (6.º) e EUA (10.º) ocupam a segunda metade do top 10.
Por curiosidade, mas não só, refira-se que Espanha subiu três posições e retomou o 36.º lugar que tem sido o seu nos últimos anos.