Depois do sucesso do ano passado, Portugal ficou de fora das escolhas da Comissão Europeia para novos apoios no âmbito de CEF Transportes.
A Comissão Europeia anunciou hoje a escolha de 94 projectos, de entre os 258 candidatados à chamada de 2024 do CEF Transportes, que fechou em Janeiro último.
Os projectos escolhidos receberão um co-financiamento comunitário de 2,8 mil milhões de euros. As candidaturas apresentadas implicavam ajudas de 9,5 mil milhões de euros.
Portugal apostava em captar mais entre 800 a 900 milhões de euros para os investimentos na Alta Velocidade (depois de na chamada de 2023, decidida no ano passado, ter encaixado 813,16 milhões), mas desta feita ficou a zeros. Não foi, de resto, a primeira vez.
E no entanto a ferrovia concentrou 77% dos apoios atribuídos, com especial enfoque na rede core da RTE-T e nos países da Coesão (países bálticos, Polónia, Eslováquia, Chéquia e Grécia). Acrescem os investimentos no desenvolvimento do ERTMS em 11 estados-membros.
A instalação de infraestruturas OPS em portos da Irlanda, Chipre, Malta, Croácia e Polónia, melhorias na via navegável do Reno, a construção ou desenvolvimento de parques seguros em dez estados-membros e a implementação de hubs multimodais para passageiros em cidades como Lovaina, Nice ou Marselha compreenderam o essencial dos restantes projectos escolhidos para serem apoiados.
Com mais esta leva de projectos de investimento ficam já comprometidos 95% do orçamento do CEF Transportes 2021-27 (que é de 25,8 mil milhões de euros). O que equivalerá por dizer que as hipóteses de Portugal alcançar mais apoios são cada vez mais reduzidas, até pelas opções estratégicas e de solidariedade (para com a Ucrânia e a Moldova) assumidas por Bruxelas.