Desde 2014 até agora, Portugal garantiu co-financiamentos do CEF no valor de 712,5 milhões de euros, de acordo com os dados disponibilizados pela INEA.
A propósito da recente decisão sobre as candidaturas às chamadas de 2019 do Mecanismo Interligar Europa (CEF)- Transportes, a INEA, a agência que gere o programa na União Europeia, divulgou uma actualização sobre os apoios concedidos a cada país, entre 2014 e 2020 (incluindo, portanto, os dados das referidas últimas chamadas).
No relativo a Portugal, a INEA contabiliza 712,5 milhões de euros de fundos europeus concedidos a 51 projectos envolvendo promotores nacionais, relativos a investimentos globais de 1,3 mil milhões de euros.
Note-se, porém, que do montante total, 605 milhões de euros foram concedidos através do “envelope” do Fundo de Coesão, exclusivo para os países que estão mais distantes da média europeia.
Aos 712,5 milhões de euros mencionados acrescem 67,8 milhões destinados a sete projectos localizados em Portugal, mas que não envolvem promotores portugueses.
Dos 51 projectos com promotores nacionais apoiados pelo CEF, 23 são exclusivamente nacionais e 28 multinacionais. Os primeiros concentraram 669,9 milhões de euros de apoios e os segundos os restantes 42,5 milhões.
A maior fatia dos 712,5 milhões de euros concedidos por Bruxelas através do CEF, 620,9 milhões, destinaram-se a projectos que combinam estudos e obras. Curiosamente, o dinheiro restante foi dividido quase equitativamente entre os 15 projectos de obras (45,7 milhões de euros) e os 22 projectos de estudos (45,8 milhões de euros).
Os sete projectos incidentes nos corredores prioritários da rede “core” da Rede Transeuropeia de Transportes concentraram 615 milhões de euros de apoio.
A ferrovia garantiu 598,1 milhões de euros, a rodovia 36,2 milhões, o mesmo que o modo aéreo, e o modo marítimo 24,6 milhões. A navegação fluvial recebeu 13,2 milhões e os “outros” modo, desde logo, o combinado apenas 4,2 milhões de euros.
Espanha, aqui ao lado, recebeu do CEF Transportes 843,7 milhões de euros para 115 projectos (num investimento global de 2,6 mil milhões de euros). Já a Alemanha, com os “mesmos” 115 projectos encaixou 2,2 mil milhões de euros, para um investimento global de 6,6 mil milhões de euros.
O que interessa infelizmente é que pela 3ª vez consecutiva o pedido financiamento foi chumbado para substituir eclusas no Douro