A Infraestruturas de Portugal (IP) candidatou a Alta Velocidade ao co-financiamento comunitário do CEF, num total de 875 milhões de euros.
Em comunicado, a IP dá conta que a candidatura foi apresentada ontem, segunda-feira, visando obter os 729 milhões de euros que estão reservados a Portugal no âmbito do “envelope CEF Coesão”, e ainda outros 146 milhões de euros, também destinados aos países da Coesão mas atribuídos em regime concorrencial.
Neste caso, os 146 milhões de euros serão destinados a co-financiar a quadruplicação da Linha do Norte entre Taveiro e a entrada Sul da estação de Coimbra-B.
“Esta intervenção visa aumentar a capacidade ferroviária deste troço, que se encontra próximo do seu ponto de saturação, de forma a facilitar o acesso dos comboios de alta Velocidade a Coimbra e a aumentar o número de canais ferroviários convencionais neste trecho da linha do Norte”, justifica a IP.
Os 729 milhões de euros que estarão “garantidos” para Portugal serão divididos entre os dois dois troços da primeira fase da nova linha: 480 milhões de euros para o troço Porto – Oiã e 249 milhões de euros para o troço Oiã – Soure.
Segundo a In fraestruturas de Portugal, os fundos serão atribuídos às concessionárias das duas PPP, para cobrir custos associados aos projectos, expropriações, pontes e viadutos.
A atribuição dos fundos comunitários às concessionárias reduz – justifica a gestora da infra-estrutura – as suas necessidades de financiamento e, “consequentemente, contribui para uma redução bastante significativa dos pagamentos de disponibilidade que serão devidos às concessionárias durante os primeiros 25 anos de exploração da infra-estrutura da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa”.
O concurso para o primeiro troço da linha foi lançado no passado dia 12, com um prazo para a apresentação de propostas até 13 de Junho.