Portugal subiu duas posições no ranking da competitividade elaborado pelo IMD World Competitiveness Center. É 37.º entre 63 países.
Depois de ter afundado seis lugares em 2019, Portugal recuperou agora duas posições no ranking da competitividade, mas ficou ainda longe do 33.º lugar de 2018. Curiosidade: estamos agora imediatamente atrás de Espanha, que manteve o lugar.
“Este é o melhor resultado alcançado pelo nosso país desde 2018, o que reflecte uma economia mais sólida, influenciada pela inflação dos preços ao consumidor, pela exportação de produtos e por receitas turísticas – factores que figuram no topo da lista das suas maiores forças económicas.
“O resultado seria francamente melhor se não fossem alguns pontos fracos que continuam a prejudicar a nossa competitividade, vindos tanto das políticas públicas (53.º lugar, em matéria de política tributária) como das empresas (52.º, em matéria de práticas de gestão). Ajudam também muito pouco, agora em termos de ambiente económico global, os baixíssimos níveis tanto de poupança como de investimento, de tudo resultando uma expectativa de crescimento económico futuro muito baixo”, comentou Daniel Bessa, economista da Porto Business School, parceira nacional do IMD World Competitiveness Center, no comunicado divulgado a propósito dos resultados.
Mão-de-obra qualificada, custo de oportunidade e estabilidade das infra-estruturas são factores que distinguem a economia portuguesa como sendo agora mais atractiva que em 2019.
Uma vez mais, é no domínio das infra-estruturas – de transportes, mas também tecnológicas, científicas, de saúde e ambiente e de educação – que Portugal consegue a melhor classificação, em 27.º entre os 63 países considerados. Subiu dois lugares.
Na performance da economia, Portugal é 41.º (43.º em 2019), na eficiência da Administração é 34.º (37.º) e na eficiência dos negócios é 41.º (45.º).
Singapura repete liderança
Singapura mantém-se na liderança do ranking da competividade, mesmo se não “vence” em nenhum dos grandes agregados da avaliação.
Seguem-se-lhe, no top 10, a Dinamarca, Suíça, Holanda, Hong Kong, Suuécia, Noruega, Canadá, EAU e EUA. Realce para a subida de seis lugares da Dinamarca e para a queda de sete posições dos EUA.
De 2019 para 2020, entraram no topo 10 a Noruega e o Canadá e saíram a Irlanda e o Qatar.