Os futuros donos dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) deverão ser brasileiros ou russos. A proposta norueguesa deverá ser afastada. E os portugueses não formalizaram a oferta.
Apenas três das quatro empresas seleccionadas pela Empordef formalizaram as propostas vinculativas de compra de 95% dos ENVC. A portuguesa Atlantic Shipbuilding, que garantira ir até ao fim do processo, afinal, terá desistido. A empresa assumiu há pouco os Estaleiros Navais do Mondego.
Mas as três candidaturas poderão ficar de imediato reduzidas a duas. A norueguesa Volstad Maritime terá entregue a sua proposta depois de terminado o prazo e por isso, e por outros alegados incumprimentos, deverá ser afastada do processo.
Restarão então os candidatos brasileiros e russos. Responsável por operações marítimas no Brasil e na Argentina, a Rionave Serviços Navais, com sede no Rio de Janeiro, representa vários interesses dentro da área, desde armadores a construtores navais e também está na corrida. Já o grupo JSC River Sea Industrial Trading, de origem russa, é desconhecido no sector.
O processo de privatização pressupõe a venda de todo o capital, reservando 5% para os funcionários. A solução não agrada à Comissão de Trabalhadores, que defende que o Estado mantenha uma participação de 35% na empresa, tal como fez nas OGMA.
Considerando o valor nominal das acções, o encaixe da venda dos ENVC deverá rondar os 30 milhões de euros.