A portuguesa Atlantic Shipbuilding pretende ir até ao fim na reprivatização dos Estaleiros de Viana do Castelo, pelo que está a preparar a proposta vinculativa a apresentar até ao próximo dia 12 do corrente.
“A nossa intenção é apresentar uma binding offer [oferta vinculativa]”, adiantou à “Lusa” fonte da administração da empresa, um dos quatro convidados pelo Estado a apresentar propostas formais de compra dos ENVC.
“Neste momento estamos a analisar a informação disponibilizada pelos consultores nomeados pela Empordef, no sentido de fundamentarmos a proposta a apresentar”, explicou ainda a fonte.
A segunda fase do processo de reprivatização dos ENVC arrancou a 7 de Setembro, depois de seleccionados quatro grupos, num processo conduzido pela Empordef. Além do grupo português, foram convidadas mais três empresas – do Brasil, da Rússia e da Noruega – a avançarem com propostas concretas de aquisição.
A Volstad Maritime (Noruega), constituída em 1952, é uma empresa especializada na construção de navios tecnologicamente avançados, nomeadamente de apoio às actividades “offshore”, como prospecção de petróleo. A Rionave Serviços Navais, com sede no Rio de Janeiro, representa vários interesses dentro da área, desde armadores a construtores navais, e é responsável por operações marítimas no Brasil e na Argentina. O grupo JSC River Sea Industrial Trading, de origem russa, é desconhecido no sector.
Contactados pela “Lusa”, nenhum dos três candidatos estrangeiros comentou o interesse na empresa de Viana do Castelo.
Ainda em Setembro, a Atlantic Shipbuilding, criada este ano, assumiu a gestão dos Estaleiros Navais do Mondego, na Figueira da Foz.