A modernização da Linha da Beira Baixa, no troço Guarda-Covilhã, é de “interesse nacional”, defendeu o presidente da CP, no final de uma reunião com os presidentes das câmaras daquelas duas cidades.
“Há um interesse nacional e há um interesse da própria CP e da CP Carga, e não temos problema nenhum em reafirmar isso”, disse Manuel Queiró, citado pela “Lusa”.
A circulação naquele troço da Linha da Beira Baixa foi decidida em Fevereiro de 2009, para obras de renovação, mas após o investimento em pontes, túneis e dez quilómetros de linha, a Refer parou os trabalhos.
“Para a CP sempre foi um objectivo que devia ser considerado, fechar este anel e propiciar alternativas de transporte, sobretudo para as mercadorias, mas não só”, disse o presidente da CP.
Segundo o gestor, a economia nacional “tem a ganhar” com a modernização da linha, porque a saída da fronteira de Vilar Formoso, do ponto de vista do transporte de ferrovia serve o país todo e é aquela que o serve com maior quantidade de transporte de comboios”.
“Metade do país teria conveniência em ver trânsitos com menor tempo de percurso, com menor distância de percurso e, portanto, com custos mais comportáveis para as empresas exportadoras, aumentando assim a competitividade e eficiência da nossa economia”, justificou.
Manuel Queiró, que integrou o Grupo de Trabalho das Infraestruturas Estratégicas de Valor Acrescentado, disse esperar que o relatório apresentado “seja também a ocasião” para marcar a “inversão de políticas em favor de um certo retorno ao ferroviário”.
O presidente da CP disse ainda que projectos como o da Linha da Beira Baixa “têm um profundo impacto na competitividade nacional, na sustentabilidade e na viabilidade futura” do país.