A South African Airways (SAA) a emergir de um plano de recuperação, passa a ser detida em 51% por um consórcio privado, anunciou hoje o ministro das Empresas Públicas sul-africano,
“O Governo concordou que o parceiro financeiro [Takatso] deterá 51% das ações e o Estado 49%”, anunciou Pravin Gordhan., numa conferência de imprensa online.
O consórcio Takatso é constituído pelo grupo pan-africano de investidores Harith Global Partners e pelo grupo de aviação Global Aviation, indicou Pravin Gordhan.
Fortemente endividada e incapaz de pagar os salários na totalidade, a SAA não registou quaisquer lucros desde 2011 e sobreviveu durante anos à custa de dinheiro público. A situação da companhia aérea agravou-se durante a pandemia de Covid-19, em linha com o que se passou com o sector mundial da aviação.
A SAA, segunda maior companhia aérea africana, iniciou um plano de recuperação em Dezembro de 2019, e em Abril passado os administradores independentes responsáveis pela reestruturação declararam-na novamente solvente.
O plano de reestruturação de 10,5 mil milhões de rands (635 milhões de euros) foi acompanhado por um plano de despedimento maciço.
As grandes dificuldades financeiras da empresa, porém, como as de muitas outras empresas estatais sul-africanas, são largamente atribuídas à má gestão e corrupção durante a era do ex-Presidente Jacob Zuma (2009-2018).