Os 22,7 milhões de euros prometidos pelo ministro do Ambiente para resolver o problema de liquidez dos operadores privados de transporte público na AMP devem estar disponíveis “dentro de dias”.
A notícia foi avançada pelo presidente da Área Metropolitana do Porto, no final da reunião do Conselho Metropolitano de hoje. Eduardo Vítor Rodrigues salientou que, ao contrário da STCP e da Metro do Porto, que mantiveram a sua operação durante o Estado de Emergência mesmo sem validações, os operadores privados não podem apresentar “a factura” às Finanças, pelo que era imperativo encontrar uma solução que permitisse injectar liquidez nas empresas.
“Houve aqui necessidade de estabelecer rapidamente um quadro de apoio financeiro que resultou numa negociação entre a Área Metropolitana do Porto e o ministro do Ambiente [João Pedro Matos Fernandes] que trouxe 22,7 milhões de euros para injecção na operação, um dinheiro que está daqui a dias disponível”, adiantou, salientando que é sua expectativa que os operadores retomem a sua operação.
O autarca de Vila Nova de Gaia garantiu, contudo, que a operação no terreno tem vindo a ser reforçada desde o dia 1 de Julho, fruto de um diálogo com os operadores a quem a AMP deve 2,3 milhões de euros referentes ao Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART).
O valor em causa, referente a 2019, resulta do incumprimento, por parte do Estado, da entrega da percentagem de financiamento que lhe cabia e a que se comprometeu, como acusava, em Maio, a Câmara do Porto.
Motivo de divisão no seio da AMP, a proposta de repartição do défice tarifário de 2019 pelos 17 municípios foi aprovada hoje por unanimidade, depois de a Área Metropolitana ter assumido a maior fatia da dívida (1,5 milhões de euros) aos operadores de transporte público a operar nos 17 concelhos. No modelo encontrado, os municípios comparticipam com mais 800 mil euros do que estava previsto no âmbito do PART.