Com as maiores companhias europeias fora da “corrida” por opção própria, o Synergy Group, de Germán Efromovich, que controla a Avianca, é dado como o mais provável futuro dono da TAP.
Os analistas consultados pela “Bloomberg” estimam que a venda da TAP poderá representar um encaixe de cerca de 500 milhões de euros para os cofres de Lisboa.
De acordo com a legislação comunitária, a participação de não-europeus no capital das companhias aéreas dos “27” não poderá ultrapassar os 49,9%. Mas ainda ontem o “DE” adiantava a hipótese de o empresário boliviano, também com nacionalidade brasileira, adoptar a cidadania polaca para dessa forma contornar aquela limitação de Bruxelas.
À Avianca, controlada pelo Synergy Group, a compra da TAP garantirá o acesso a um conjunto alargado de rotas a partir do hub de Lisboa. À “Bloomberg”, Yan Derocles, analista do sector da aviação na Oddo & Cie, sublinhou que “o único valor da TAP reside na sua rede na América Latina”. Outro analista sublinhou, por seu lado, que a Avianca Brasil procura garantir rotas mais longas, e isso poderá ser oferecido pela TAP.
A Air France-KLM, a Lufthansa e a IAG não apresentaram propostas não-vinculativas para a compra da TAP, em parte por causa do arrastamento do processo de privatização, em parte porque estão ainda a digerir recentes aquisições.
As primeiras notícias sobre as propostas de compra da TAP davam conta do interesse de companhias do Médio Oriente e da Ásia, mas entretanto esse interesse, se existiu, ter-se-á desvanecido.