A taxa diária de fretamento de navios panamax subiu 30% no último mês, com o mercado “virtualmente esgotado”.
De condenados a desaparecer por falta de procura a raridades pagas a peso de ouro. Assim se poderá resumir a história recente (desde o alargamento do Canal do Panamá) dos navios panamax.
De facto, a falta de apetência do mercado por navios de 4 000-5 000 TEU fez os armadores passar um mau bocado, com a baixa dos fretes o aumento dos desmantelamentos.
Mas as coisas mudaram. E agora quem tem navios panamax chama-lhes seus, diria o povo. Os dados mais recentes da Alphaliner dão conta que apenas um navio panamax clássico (com 4 000-5 299 TEU) está classificado como inactivo, em comparação com os cerca de 100 no final de 2016.
Desde então, as taxas diárias de fretamento subiram do mínimo de 4 000 dólares (3 402 euros) para cerca de 14 000 dólares (11 907 euros). E esta semana terá chegado mesmo aos 16 mil dólares (13 608 euros) para um contrato de seis meses, segundo o “The Loadstar”.
As companhias de navegação há muito que recorrem ao mercado de fretamento como uma ferramenta para responderem aos altos e baixos da procura. Com efeito, gigantes como MSC, CMA CGM e Cosco têm mais de 60% da frota operacional contratada nesse regime.