A produção global de contentores caiu 71% no primeiro trimestre, em termos homólogos, e deverá ficar este ano no nível mais baixo desde 2009, prevê a Drewry.
No primeiro trimestre, a produção global de contentores ficou-se pelos 306 mil TEU, sendo preciso recuar ao primeiro trimestre de 2010 para encontrar um valor tão baixo, sublinha a consultora.
A situação deverá melhorar ligeiramente ao longo do ano, mas ainda assim a produção mundial não deverá superar os 1,8 milhões de TEU, o valor mais baixo desde 2009, de acordo com o Container Equipment Forecaster da Drewry.
Sinais dos tempos, várias fábricas de contentores na China ou estão paradas ou a trabalhar em horários reduzidos (com o retorno à normalidade previsto para Junho), e no Vietname duas novas fábricas adiaram o arranque para o terceiro trimestre e baixaram as expectativas de produção.
A estagnação do comércio mundial e o aliviar dos constrangimentos nas cadeias logísticas (libertando contentores que estavam bloqueados) são as principais razões apontadas pela Drewry para o excesso de contentores no mercado e, logo, para a redução do fabrico de novos.
E, assim, o parque mundial de contentores deverá contrair-se 2% para 49,9 milhões de TEU, no primeiro recuo em 14 anos. estima a consultora.
Entretanto, assiste-se à devolução de um número recorde de contentores às locadoras, que tratam de “limpar” as suas frotas dos equipamentos mais antigos e danificados e adaptar as suas pools às novas necessidades do transporte marítimo.
A Drewry antecipa a saída do mercado de 2,8 milhões de TEU.
Diferentes, para melhor, são as perspectivas já para o próximo ano, com a recuperação do comércio mundial e a entrada no mercado de muitos navios novos. Em 2024, a produção mundial de contentores deverá duplicar.