A proposta da Comissão Europeia para a inclusão do shipping no esquema de comércio de emissões deixa de fora cerca de 20% do CO2 emitido, denuncia a Transport & Environment.
A proposta da CE, anunciada em, Julho do ano passado e actualmente em fase de negociação, prevê que a partir de 2023, e de forma faseada em três anos, o shiping seja integrado no esquema de comércio de emissões. O que implica que os armadores terão de comprar licenças de carbono, sob pena de serem banidos das águas europeias.
De fora do esquema ficarão, contudo, os navios de menos de 5 000 GT, as embarcações de pesca e de abastecimento às instalações offshorte e os vasos militares.
A organização ambientalista Transport & Environment fez as contas e concluiu que, tal como está, a proposta do Executivo comunitário deixa de fora do esquema de licenças 25,8 milhões de toneladas de CO2/ano, ou perto de 20% dos 130 milhões de toneladas de CO2 emitidos pelos navios na UE.
Citado pela “Reuters”, um porta-voz da Comissão Europeia disse que o limite de 5 000 GT visou “minimizar a carga burocrática para as empresas”, em particular as pequenas e médias, “sem colocar em causa o objectivo de cobrir a grande maioria das emissões de CGG do sector”.
A mesma fonte disse que a proposta do Executivo está alinhada com o Regulamento sobe a monitorização, declaração e verificação das emissões do transporte marítimo. Segundo esse Regulamento, em 2015 os navios de mais de 5 000 GT representavam perto de 55% das escalas nos portos comunitários e cerca de 90% das emissões reportadas.