A PT Wind é a primeira inquilina da Zona de Actividades Logísticas e Industriais (ZALI) do porto de Aveiro. O contrato de cedência de espaço já foi assinado com a administração portuária. A laboração deverá arrancar em 2017 e representar um movimento de cerca de 30 mil toneladas num ano cruzeiro, adiantou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS o presidente da APA.
A PT Wind é detida pela Motofil e pela A. Silva Matos e dedica-se à construção de torres eólicas. O acordo celebrado com o Porto de Aveiro prevê a utilização de “uma área de 35 mil metros quadrados”, ocupados por “uma nave e um parque para permanência temporária das torres acabadas”, acrescentou João Pedro Braga da Cruz.
O terreno é cedido “por um período de 15 anos, acrescido de um ano e meio inicial para a construção das instalações”. O presidente da APA não quantificou a receita que daí advirá para a administração portuária, mas explicou que “o valor das rendas parte do valor da tabela da APA mas nos primeiros anos haverá uma bonificação, que irá decrescendo até se anular”.
O contrato firmado no passado domingo fixa objectivos de movimentação de cargas através do porto aveirense. “A produção arrancará em 2017. A movimentação irá crescendo e em 2020 alcançará o ritmo de cruzeiro, gerando 30 mil toneladas de movimento”, referiu Braga da Cruz.
Nos últimos tempos o porto de Aveiro tem aumentado o movimento de torres eólicas. A instalação de uma unidade industrial dentro do perímetro do porto resolve o problema da deslocação, por estrada, daqueles equipamentos, em regra de grandes dimensões.
A ZALI, sublinha o presidente do Porto de Aveiro, situa-se “entre o terminal ro-ro e o terminal de granéis sólidos”, com acesso a uma frente de cais de um quilómetro de extensão e servida, do lado terra, pela via férrea (além, claro, da rodovia).
O contrato com a PT Wind é o primeiro firmado para a ZALI. Mas “há outras ocupações em negociação”, garante Pedro Braga da Cruz, que vê na PT Wind “uma demonstração da potencialidades da localização no perímetro do porto”.