São mais de quatro mil os navios em “fila de espera” para instalarem scrubbers a partir deste mês, de acordo com os dados da DNV GL.
Ao certo, a DNV GL contabiliza 4 014 navios, sendo a maioria dos casos de scubbers de circuito aberto (3 249), seguidos por 678 sistemas híbridos e 634 de circuito fechado. A reconversão de navios já existentes (2 960) é quase o triplo da instalação em embarcações novas (1 054).
Por segmentos, a sociedade de classificação indica que são os graneleiros que lideram (1 365 navios). Seguem-se-lhes os porta-contentores (814), petroleiros (572), navios tanque de combustíveis/químicos (520) e navios de cruzeiro (215 unidades).
O principal motivo das encomendas de scrubbers era a diferença de preço entre o óleo combustível com alto teor de enxofre (HFSO) e o óleo combustível com baixo teor de enxofre (LSFO).
No entanto, a pandemia de Covid-19 e a guerra de preços de petróleo entre a Arábia Saudita e a Rússia parece ter reduzido esse diferencial, que a consultora SeaIntelligence estima que tenha baixado dos 300 dólares a tonelada no início do ano para apenas 60 dólares no presente.
A Clean Shipping Alliance 2020, que representa companhias que investiram em scrubbers, acredita, porém, que se trata de um cenário circunstancial, e q
Além disso, de acordo com Ian Adams, director executivo daquela entidade, não só a tecnologia é a melhor para cumprir os requisitos de teor de enxofre imposto pela IMO, como “a utilização de EGCS [scrubbers] também evita a incerteza em torno da qualidade e disponibilidade de LSFO”.
“Os utilizadores actuais e novos de EGCS investiram na tecnologia, antes de tudo, para reduzir o impacto das emissões de enxofre na saúde humana. De facto, com membros da Aliança a relatarem que as instalações estão a reduzir as emissões de enxofre para menos de 0,1%, bem abaixo dos 0,5% obrigatórios, então os seus investimentos podem ser considerados não apenas sensatos, mas bem-sucedidos”, acrescenta o director-geral da Clean Shipping Alliance 2020.