A União Europeia deverá distinguir entre os países ricos e os países em desenvolvimento para efeitos da aplicação do seu plano de integração do transporte aéreo no esquema de comércio de emissões, defendem as autoridades chinesas do sector.
“A União Europeia deve tomar em conta as situações diferentes dos países desenvolvidos e em desenvolvimento”, referiu Li Jiaxiang, director da Administração da Aviação Civil chinesa, citado pela imprensa especializada em Pequim.
A R.P. China está a negociar o assunto com Bruxelas, mas “até agora eles insistem em levar por diante o seu plano”, acrescentou Jiaxiang. Matthew Baldwin, responsável de transporte aéreo na União Europeia, presente no mesmo evento na capital chinesa, escusou-se a comentar.
A União Europeia pretende incluir as companhias aéreas no seu Esquema de Comércio de Emissões já a partir de 1 de Janeiro. E assim todas as companhias que voem de ou para os aeroportos comunitários terão de pagar pelas emissões.
Trata-se de uma atitude unilateral que não está a ser bem recebida no sector da aviação civil. No caso da R.P. Cina, as autoridades estimam que as companhias aéreas nacionais terão de suportar um encargo adicional de 123 milhões de dólares no primeiro ano e de 462 milhões de dólares em 2020.
A Associação de Transporte Aéreo da R.P. China (CAAC) já pediu, inclusivamente, que o governo pondere a aplicação de medidas de retaliação contra a União Europeia. O director da Administração da Aviação Civil escusou-se a dizer se tais medidas estarão a ser consideradas, mas reconheceu que o pedido da CAAC reflecte o sentimento de toda a indústria do transporte aéreo chinesa.