A Rangel Logistics Solutions está a investir 2,1 milhões de euros no reforço da presença na África do Sul e na entrada na Zâmbia.
Os planos da Rangel Logistics Solutions para a África do Sul (onde está desde 2020) incluem a aquisição de frota própria, a contratação de mais 100 pessoas, a mais do que duplicação do armazém em Joanesburgo (de 2 500 para 5 500 metros quadrados) e a abertura de instalações junto às fronteiras com a Namíbia e o Botsuana, já em 2022, e em Durban e na Cidade do Cabo. em 2023. Ontem inaugurou formalmente a sede em Joanesburgo.
O operador logístico português entrou no mercado sul-africano em 2020, como despachante aduaneiro, e desde então não tem parado de crescer, dispondo já de escritórios junto das principais fronteiras com Moçambique, Zimbabué e Botsuana.
“A aposta na África do Sul revelou-se muito positiva, superando as nossas expectativas iniciais em menos de dois anos. A posição estratégica de África do Sul no continente africano faz dela um ponto de ligação rodoviária a toda a África Austral, levando-nos a expandir as operações de forma a corresponder às exigências dos nossos clientes”, afirmou Nuno Rangel, CEO da Rangel Logistics Solutions, na inauguração de ontem.
Nos planos de expansão está também a abertura de uma delegação na Zâmbia, onde será a Rangel será o primeiro operador logístico português. Nuno Rangel justifica: “Apesar da recente presença na África do Sul, temos assistido a uma grande procura (orgânica) por parte dos nossos clientes por serviços em África. Decidimos agora entrar num novo país, a Zâmbia (…). Isto reforçará o serviço inland da Rangel no continente, uma vez que cria pontos de ligação com os portos marítimos da África do Sul, a principal gateway da região, e consegue oferecer transporte cross-border com entregas diárias para todos os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC)”.
E a ideia é não ficar por aqui. Nos planos de Nuno Rangel estão novas aberturas no continente africano e o reforço dos serviços de logística contratual, bem como o transporte marítimo e aéreo internacional.
O Grupo Rangel iniciou o seu processo de internacionalização em 2007, com a abertura de uma filial em Angola. Seguiram-se Moçambique (2011), Brasil (2013), Cabo Verde (2015) e, em 2020, a expansão para além dos países lusófonos com a entrada no México e na África do Sul.
No ano passado, em plena pandemia, o grupo nortenho atingiu um volume de negócios de 203 milhões de euros.