Termina hoje o prazo para o Governo anunciar um novo concurso para a Alta Velocidade Lisboa-Poceirão, incluindo a TTT, e evitar pedidos de mais indemnizações.
A Rave tem tudo pronto para lançar um novo concurso. Falta a decisão de José Sócrates. Pelo menos faltava até à hora do fecho desta edição.
O novo caderno de encargos do concurso para a concessão aposta na redução dos custos e, logo, no corte das necessidades de financiamento público. O “DE” avançou hoje aquilo que há muito se falava: a nova proposta deixa cair a componente rodoviária da TTT, e também os acessos à ponte e ao novo aeroporto de Lisboa. E com isso pouca largas centenas de milhões de euros.
A nova ponte sobre o Tejo será (seria), no entanto, construída de modo a poder receber, mais tarde, o tabuleiro rodoviário. O que pressupõe também a reserva dos canais de acesso rodoviário à ponte nas duas margens do rio.
A redução dos custos da TTT, conjugada com a possibilidade de concentrar neste troço da linha AV Lisboa-Madrid os dinheiros comunitários que se destinariam ao Porto-Vigo, permitiriam reduzir drasticamente o esforço público no projecto da Alta Velocidae. E ainda ontem o ministro das Finanças disse no Parlamento que o Governo estava a trabalhar para que a Alta Velocidade não onerasse o Orçamento de Estado.
Falta, agora, conhecer a decisão de José Sócrates, Uma decisão que terá de ser tomada quando ainda não está feito o trabalho de reavaliação das PPP, e num momento em que o Governo acaba de anunciar novas medidas de austeridade, que poderão, inclusive, levar à queda do Executivo.