As receitas da CMA CGM no negócio do shipping de contentores caíram 13,1% no último trimestre de 2022, em termos homólogos, anunciou a companhia.
No mesmo período, os volumes transportadores recuaram apenas 5,4%, o que diz bem da degradação das tarifas verificada. O EBITDA afundou 33,1% e, com isso, a margem EBITDA da CMA CGM cedeu 12,9 pontos percentuais para 43,1%.
Os resultados do último trimestre não chegaram, é verdade, para ofuscar os fortes ganhos conseguidos em todo o exercício de 2022, mas são importantes porque, avisa a companhia gaulesa, a tendência de degradação da segunda metade de 2022 deverá manter-se em, 2023, fruto das tensões geopolíticas, das incertezas macroeconómicas e da forte baixa das tarifas.
Importa também dizer que, se no shipping de contentores o quarto trimestre foi de quebra, nas actividades logísticas o crescimento tocu os 33% nas receitas e os 19% no EBITDA, e nas outras actividades (onde se incluem a CMA CGM Air Cargo e os terminais) superou mesmo os 59% e os 101%, respectivamente.
Para o balanço de 2022, face a 2021, ficam o aumento os aumentos de 33,1% nas receitas consolidadas, de 44,2% no EBITDA,. de 3,4 pontos percentuais na margem EBITDA e 6,98% no resultado líquido.
No negócio do shipping de contentores, as receitas aumentaram 30,1% até aos 58,95 mil milhões de dólares, mesmo se os volumes transportados cederem 1,3% para 21,74 milhões de TEU. O EBITDA galgou 43,4% até aos 31,64 mil milhões de dólares e a margem EBITDA atingiu os 53,7% (+4,9 p.p.).
Para 2023, o grupo afirma-se capaz de lidar com as incertezas, graças à sua política de diversificação de negócios e à solidez financeira.