O presidente da Administração da TAP defende que o plano de reestruturação é vital para “assegurar a sustentabilidade futura” da empresa.
“Como é do conhecimento de todos, na passada segunda-feira, dia 17 de Agosto, iniciaram-se os trabalhos de elaboração do plano de reestruturação a apresentar à Comissão Europeia […]. Trata-se de um processo de vital importância para assegurar a sustentabilidade futura da nossa TAP”, afirmou Miguel Frasquilho, pedindo “a habitual dedicação e empenho” de todos, numa mensagem enviada aos trabalhadores, a que a “Lusa” teve acesso.
De acordo com o responsável da transportadora portuguesa, os “primeiros dias” vão servir para desenvolver um trabalho preparatório, recolher informação, realizar entrevistas e definir “alguns aspectos relevantes para o sucesso do projecto“.
Miguel Frasquilho notou que esta matéria está na esfera do Conselho de Administração e tem um ‘steering committee’ (comité directivo que supervisiona os projectos), que já reuniu pela primeira vez, formado pelo próprio, pelo ‘chief operating officer’ (COO), Ramiro Sequeira, pelo presidente da Comissão Estratégica, Diogo Lacerda Machado, e pelo ‘chief financial officer’ (CFO), Raffael Quintas.
Miguel Malaquias Pereira, por seu turno, é o ‘project management office’ (PMO) do projecto.
“Já foram definidos vários pontos focais para diversas áreas, mas, naturalmente, sendo um trabalho transversal ao grupo, este irá ser realizado em conjunto com as diferentes equipas da empresa”, avançou.
O Conselho de Ministros aprovou em 17 de Julho a concessão de um empréstimo de até 1 200 milhões de euros à TAP, em conformidade com a decisão da Comissão Europeia.
Além do empréstimo remunerado a favor do Grupo TAP de 946 milhões, ao qual poderão acrescer 254 milhões, sem que, contudo, o Estado se encontre vinculado à sua disponibilização, o Estado adquiriu a posição de David Neeleman no capital da empresa, por 55 milhões de euros, tendo passado a deter 72,5%.