A espanhola Renfe deverá manter o monopólio dos serviços de transporte ferroviário de passageiros suburbanos e regionais mesmo depois da liberalização prevista para 2020, avança a”Europa Press”.
O governo espanhol deverá usar a prerrogativa prevista na directiva europeia sobre a liberalização dos mercados domésticos de transporte ferroviário de passageiros, que prevê um período de transição, durante o qual a operação continuará a ser assegurada pelo operador incumbente ou dominante.
No caso, Madrid pretenderá manter o exclusivo da Renfe por um período de dez anos, com a contrapartida de o operador público investir no material circulante e nas instalações.
A Renfe recebe anualmente do Estado espanhol cerca de 600 milhões de euros pelo serviço público que presta nos serviços suburbanos (Cercanias) e regionais. E no entretanto trata-se dos serviços que mais passageiros transportam: em 2016 foram 409 milhões nos suburbanos de uma dezena de cidades e 23,3 milhões nos regionais (30,6 milhões se incluído o Avant).
Em 2020 deverá concretizar-se a liberalização dos serviços nacionais de Alta Velocidade e de Longo Curso. Nestes casos a Renfe já hoje não recebe indemnizações compensatórias.