A Renfe Mercancías reduziu as perdas em 65% em 2017, mas manteve-se no “vermelho”, com um prejuízo de 16,98 milhões de euros.
A filial de transporte de mercadorias do operador público espanhol não logrou atingir o objectivo de fechar o ano com as contas equilibradas, como definido no plano trianual de recuperação 2017-2019.
A Renfe Mercancías fechou o ano com prejuízos apesar de ter aumentado em 7,3% o volume de carga transportada, que totalizou 19,63 milhões de toneladas. Além disso, a taxa de ocupação dos seus comboios subiu para 41,6%, em comparação com os 40,7% de 2016.
O grupo espanhol justifica os prejuízos da companhia de mercadorias da Renfe pelo atraso no fecho dos desinvestimentos previstos. A companhia espera registar 7,79 milhões de euros em vendas de activos, as quais acabaram por não ser contabilizadas.
A subsidiária reduziu sua receita em 0,5% no ano passado, para 227,7 milhões de euros. Esse valor foi inferior aos 228,6 milhões que somaram as despesas, apesar destas terem baixado 3,7%. Este decréscimo resulta, em grande parte, da redução dos recursos humanos devido ao programa de rescisões voluntárias incluído no plano e já realizado no ano passado. Assim, o lucro operacional bruto (EBITDA) da Renfe Mercancías encerrou o ano em 950 mil euros negativos.
Renfe estreia-se nos lucros
A companhia foi a única das quatro subsidiárias da Renfe que fechou o exercício de 2017 com perdas. Não obstante, o grupo alcançou no ano passado o primeiro resultado positivo da sua história sem efeitos extraordinários.
A Renfe compensou as perdas do negócio de carga com os lucros da Renfe Viajeros (transporte de passageiros), que dispararam 51,2%, para 74,94 milhões de euros, graças ao impulso do AVE. Além disso, o ramo da manutenção e a nova divisão de aluguer de comboios contribuíram, respectivamente, com 12,39 milhões e 2,93 milhões de euros.